A procura por psicólogos aumentou e foi necessária uma adaptação ao digital
Por conta da pandemia do novo coronavírus, o atendimento de alguns profissionais precisou passar por mudanças. As terapias, oferecidas por psicólogos, foi um deles.
Durante o tempo em que o Governo do Estado decretou que apenas as atividades essenciais permaneceriam abertas, os consultórios tiveram que fechar as portas. Para continuar dando auxílio aos pacientes, psicólogos começaram a oferecer atendimento on-line, alguns até mesmo de forma gratuita.
A psicóloga Louise Angelo de Souza resolveu fazer esse tipo de atendimento. “O momento que serve como prevenção para o corpo acaba afetando a mente e se torna um desafio, principalmente para as pessoas que sofrem com ansiedade. Por isso, para dar amparo e auxílio emocional, durante aquele período resolvi ajudar dessa maneira”, conta.
A psicóloga Eva Zeferino Garlini também fez atendimentos on-line. “A maioria de maneira voluntária, pois senti que as pessoas estavam aflitas por conta da pandemia”, pontua.
Depois do anúncio de novas medidas e o sinal verde para voltar a funcionar, o atendimento precisou passar por adaptações. Atualmente a psicóloga Louise já está atendendo de maneira presencial, mas seguindo todas as medidas de higiene impostas. “Eu uso máscara e meus pacientes também. Sempre passo álcool gel e higienizo tudo entre uma consulta e outra. Só eu toco na maçaneta e nas coisas. Retirei até os tapetes. Meus pacientes tem horário marcado e sempre chegam na hora, é difícil ter uma consulta em seguida da outra, pois também atendo on-line”, relata Louise.
Eva também retomou os atendimentos, tomando todas as medidas de segurança. “Uso pano na entrada da porta e peço para que todos os pacientes retirem os sapatos. Só entra um paciente por vez e quando vem acompanhante peço para ficar no carro aguardando. Antes da consulta também é preciso usar álcool. Pulverizo álcool em todo o consultório. Já teve dias que cheguei a usar um litro de álcool para higienizar tudo. Se tenho alguma criança para atender com um jogo, depois já coloco na água com cloro e bastante sabão e evito de usar o mesmo brinquedo. Sempre procuro deixar um espaço entre um atendimento e outro para dar tempo de higienizar tudo”, destaca.
A psicóloga Alessandra Martarello também voltou a atender seguindo as normas de higiene. “Só atendo se estiverem com máscara. É mantido no mínimo um metro e meio de distância. A cada paciente que sai, sempre passo álcool em spray”, aponta.
Aumento da procura
Com a pandemia, os números de casos de depressão, ansiedade e medo aumentaram, consequentemente mais pessoas que precisam de terapia também. Por isso, a procura por psicólogos aumentou.
“A pandemia não interferiu em nada no número de pacientes, apenas dois, por serem do grupo de risco não continuaram pois também não conseguiam fazer on-line. Pelo contrário, a pandemia aumentou a minha clientela, principalmente de maneira remota”, afirma Louise.
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TEXTO: JATENE MACEDO – JORNALISMO SATC
FOTO: LARISSA WITT – JORNALISMO SATC