As estatísticas mostram que a depressão se trata de problema de saúde pública mundial, e como tal, deve ser tratado
A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica o suicídio como problema de saúde pública mundial. São cerca de 800 mil casos notificados anualmente (fora os casos não registrados como tal). Estima-se que para cada ocorrência efetivada, sejam feitas entre 10-30 tentativas, o que eleva a cifra para alarmantes cerca de 24 milhões de tentativas, no mundo. No Brasil, são cerca de 12 mil casos por ano, notificados desta forma. Este número é maior, pois nem todas as mortes por suicídio, são registradas assim.
No sul de Santa Catarina, a região carbonífera tem em 2019 (até o momento) 35 casos. Em 2018, foram 36 ocorrências. No Vale do Araranguá existe uma dificuldade para se atualizar o histórico, mas o problema não é menor, merecendo toda a atenção (não somente em setembro) a respeito da prevenção. Segundo o voluntário da Rede de Proteção à Vida e do CVV (Centro de Valorização á Vida), Roberto Caldas, os casos ocorrem em todas as faixas etárias, com destaque para entre 15 e 39 anos. Porém, a atenção e os cuidados com a saúde emocional devem ser dirigidas para todos, sem exceção e com muita ênfase na prevenção, e na derrubada de tabus, como: “quem fala, não faz”; “isto é frescura”; “a pessoa apenas quer aparecer”; ou pior, “não se fala sobre suicídio, pois estimula o ato”. Numa epidemia, é vital falar de prevenção. No caso dos suicídios, a regra é a mesma.
“A cada dez casos de suicídio, nove poderiam ter sido evitados, se a ajuda acontecesse a tempo. Este dado nos apresenta a esperança de dias melhores para quem está em situação de risco, porém, se for dada a devida atenção, amparo e ajuda a estas pessoas. Precisa de apoio emocional, psicológico. Peça ajuda! Percebe alguém em situação preocupante, ofereça ajuda! Procure a rede de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) da região, hospitais, unidades básicas de saúde e de assistência social”, enfatiza Roberto.
Para acolhimento e conversa com sigilo do assunto e anonimato de quem liga, garantidos, há o CVV (Centro de Valorização da Vida). A ligação é grátis (de celular, fixo ou telefone público) para o fone 188, ou ainda acessando o chat online, em www.cvv.org.br.
Setembro Amarelo
O voluntário da Rede de Proteção, Roberto, faz um convite para o mês de conscientização. “Convidamos a todos para que compartilhem este material, e como apoio, destaquem a cor amarela, em portais de internet, jornais, prédios públicos, escolas, igrejas de todos os credos, enfim, por toda a sociedade. Informação e prevenção, podem salvar vidas”.
RPV
A Rede de Proteção à Vida é um movimento voluntário e cidadão, com foco na Valorização da Vida e Prevenção do Suicídio, sem credos, sem partidos. “Buscamos sensibilizar a sociedade sobre a importância do tema. Seja voluntário”, destaca Roberto. Fazem parte: Polícias Militar/Civil, ACIC, Assoc. Criciumense para Saúde Mental/Ceres, Serv. de Psicologia Aplicada Esucri/SPAE, Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde/Nuprevips, SAMU, Compev, Centro de Valorização da Vida – CVV, GASS – Grupo de Apoio aos Sobreviventes do Suicídio, Sociedade de Psicologia de Criciúma, FIESC/Sesi.
Acesse o site: www.protecaoavida.com.br, e conheça o trabalho. Contato: Roberto Caldas (51) 98464-6166. E-mail: contato@protecaoavida.com.br