No mundo atual, seria impossível viver sem a facilidade que a internet nos trouxe em termos de informações e comunicação, não é mesmo?
Com a internet, veio junto as redes sociais, permitindo facilidades que outrora não tínhamos. Porém ela trouxe junto um aspecto muito comum entre as pessoas: a vaidade.
A vaidade faz parte das relações humanas. Ela está presente em tudo, quando nos olhamos no espelho, quando escolhemos uma roupa para vestir, quando estudamos para ter sucesso numa prova, quando escolhemos a pessoa amada para casar. E é claro quando criamos nosso perfil numa rede social e começamos a criar conteúdos, manifestando nossa vaidade, tentando assumir uma posição de referência e iniciando uma competição com outras pessoas, desejando sucesso tanto a sua imagem corporal quanto ao seu posicionamento profissional. Até certo ponto, tudo isso pode ser saudável, já que nesse mundo atual, exige-se ter uma identidade digital.
O grande problema é quando passamos a ser reféns das redes sociais, vivendo em função de regras e padrões determinados por outras pessoas. Passamos a deixar de lado quem realmente somos, nossa essência, nossa origem familiar, nossas características físicas e por fim nossa forma original de pensar.
Estamos vivendo em um ciclo, onde as redes social, está se tornando prioridade.
O compartilhamento de fotos, storys, reels, vídeos e status, vem impactando diretamente a autoimagem e aumentando o medo de não vivenciarmos os mesmos acontecimentos que os outros compartilham nas redes.
Muitas publicações reforçam certos padrões de vida, estéticos e de consumo, que estão muito além da realidade. O que pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos mentais, incluindo sintomas depressivos, ansiedade, esgotamento mental além da baixa autoestima, pressão e obsessão com o corpo. Sem contar que nossas funções biológicas acabam sendo afetadas de forma direta.
Muitas pessoas passam a dormir mau, devido ao excesso noturno nas redes sociais. E como já sabemos o sono é uma necessidade fisiológica fundamental para a manutenção da nossa saúde e bem-estar, já que é durante o sono que o nosso cérebro processa e armazena informações, o que nos ajuda na consolidação da memória e na aprendizagem. Além de ajudar na regulação do humor e na manutenção do equilíbrio emocional.
Além disso, o acesso a incessantes a notícias negativas e comentários desagradáveis também pode impactar negativamente a saúde mental.
Nessa dependência, as pessoas se cobram cada vez mais a realizarem boas postagens que acompanhem os padrões estabelecidos pelas redes sociais. E é devido a esses padrões que muitos passam a ter a impressão de que a vida dos outros é perfeita. E ao se depararem com essa vida “perfeita”, muitos passam a acreditar que estão ficando para trás gerando sentimentos negativos e pensamentos disfuncionais como: “Eu nunca vou ser ou ter o que fulano tem ou é”, “Sou incapaz mesmo”, “Ninguém me olha”, “Sou inútil”…e por ai vai.
Muitos ainda tentam seguir esses padrões, tentam ser produtivos, bem vistos, buscando alcançar seus objetivos, passando por cima de seus limites mentais e físicos sem perceberem o quanto estão sendo nocivos para si mesmo.
Essa pressão para “sair do lugar” enquanto os outros já alcançaram o tal sucesso, afeta diretamente a saúde mental, emocional e física, levando a pessoa ao esgotamento.
Precisamos resgatar nossa essência, de sermos aquilo que verdadeiramente somos.
Muito cuidado para não deixar o excesso de horas, preso numa rede social, tornar você um ser humano artificial e facilmente influenciável.
Vamos cuidar para que esse excesso não venha prejudicar sua saúde mental, sua autoestima e sua valorização como ser humano único e indispensável.