Saúde

Hemosc retoma cadastro de doadores de medula em SC

HEMOSC

Desde agosto até agora, o serviço estava apenas atendendo o cadastro de aparentados, que são os que têm mais chance de serem compatíveis (Foto: divulgação).

A coleta de medula óssea de doadores voluntários em Santa Catarina foi retomada pelo Hemosc. O serviço estava suspenso desde agosto. A Secretaria de Saúde informou que recebeu nesta segunda-feira os 4,5 mil kits de teste de compatibilidade. O material importado foi comprado pela própria pasta.

Em nota, a secretaria informa que os kits serão usados até dar início à realização dos exames da cota de 2017. Essa cota é de 10,2 mil novos cadastros anuais, que são pagos pelo Ministério da Saúde. Os cadastros fazem parte do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). No ano passado, o Estado excedeu a cota e cadastrou 13,9 mil novos voluntários.

Desde agosto até agora, o serviço em SC estava apenas atendendo o cadastro de aparentados, que são os que têm mais chance de serem compatíveis. O Ministério da Saúde determina limites de cadastro por Estado para aumentar a diversidade genética e paga após os procedimentos serem realizados.

Em nota, a secretaria reforçou que o “Redome possui, atualmente, 4 milhões de cadastrados e que está articulado a um banco internacional de doadores de  medula óssea, com 30 milhões de cadastrados. Isso possibilita a busca por doadores no Brasil e no exterior. Segundo especialistas, esses números são estatisticamente suficientes para qualquer pessoa encontrar um doador de medula óssea no mundo”.

Em 2016, o Ministério repassou R$ 5,1 milhões para cobrir a cota estabelecida de 10,2 mil novos cadastros. Como foram realizados 13,9 mil, o governo estadual teve de bancar o excedente.

MEDULA ÓSSEA

Quem pode doar:
Pessoas saudáveis entre 18 e 55 anos, sem doença infecciosa, nem câncer, doenças de sangue ou do sistema imunológico.
Quem pode receber
Entre as doenças mais comuns, portadores de leucemia, linfoma e aplasia de medula

Como doar:
Vá a um hemocentro ou unidade de coleta de sangue. Em SC, há opções em Florianópolis, Lages, Criciúma, Joinville, Joaçaba, Chapecó, Tubarão, Jaraguá do Sul, Canoinhas e Blumenau. Há também coletas externas. Confira endereços e calendário em www.hemosc.org.br.

O voluntário assina um termo de consentimento, preenche um cadastro e retira uma pequena quantidade de sangue para ter as características genéticas analisadas em laboratório.

Os dados vão para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). No site também é possível atualizar os dados do cadastro.

Quando ocorre a doação:
Quando houver um paciente compatível você será consultado para decidir quanto à doação. Por isso, mantenha os dados atualizados. Após novos exames, o doador é considerado apto. O que mais dificulta é a compatibilidade, as chances de o paciente encontrar um doador são de 1 em cada 100 mil pessoas, em média.

Efeitos colaterais ou riscos:

Problemas graves após a doação são raros. Por isso, a saúde do doador é checada antes. Em alguns casos é relatada pequena dor no local da punção, dor de cabeça e cansaço. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos. Normalmente, os doadores retornam às atividades habituais depois da primeira semana.

É possível doar medula mais de uma vez. Mas, em geral, recomenda-se um intervalo de seis meses e usando um método de coleta distinto.

*Com informações da Agência Brasil

LUANA MELLO