Muitas mulheres correram para não perder a 2ª edição do movimento Mulheres na Montanha, em Orleans. Em menos de 30 horas as 80 inscrições disponíveis acabaram. Elas estarão reunidas na comunidade do Chapadão para caminhar, tomar banho de rio, praticar ioga e confraternizar com um café colonial. O evento acontecerá no dia 5 de abril.
“Acredito que o sucesso do evento está ligado a necessidade atual das pessoas de se conectarem com a natureza. As mulheres buscam a liberdade, companhias, novas redes de contato. É uma novidade para o sul, estas práticas ao ar livre. Não tínhamos este tipo de atividade destinado exclusivamente às mulheres”, explicou Tayse Borghezan Nicoladelli, uma das organizadoras.
O INÍCIO
Mulheres na Montanha iniciou, em 2005, no Rio de Janeiro, quando nove mulheres escalaram a parede do Cantagalo, no bairro da Lagoa. A coordenadora em Santa Catarina, Maryella Masseli, conseguiu o aval do grupo fundador propondo a extensão do evento no estado e teve licença para usar o nome e a logo nas camisetas. Uma parceria com voluntários do grupo Guardiões do Costão que integram o Movimento Orleans Viva permitiu que Orleans use a marca. “Acreditamos que esta ação ajuda a reforçar nossos princípios que tem como objetivo promover atividades econômicas sustentáveis. Lutamos contra a retomada da mineração, em prol dos bens naturais e desenvolvemos atividades reforçando a ideia de que é necessário investimentos e apoio à agricultura familiar, orgânica, destinada ao bem-estar de quem mora no campo”, completou Tayse.
Gislene Marinho Costa garantiu vaga. Suas experiências com trilhas iniciaram quando era diretora da escola Jorge da Cunha Carneiro, em Criciúma. Acompanhando os estudantes ela visitou a Trilha do Salto Branco, em Treviso, a Janela Furada e o Aguaí Santuário Ecológico, em Siderópolis. “Fiz três trilhas com alunos e uma em família na Lagoinha do Leste, em Florianópolis. Estou numa expectativa muito grande nesta que farei com mulheres. Acho que teremos uma experiência inesquecível que vamos contar pra todo mundo. A trilha é igual a nossa vida, cada obstáculo representa os problemas e a força que temos para superá-los. Estaremos lá com objetivo de uma ajudar a outra”, comentou.
A 1ª edição foi realizada na comunidade de Três Barras. Neste ano, a comunidade do Chapadão foi escolhida com base no princípio do MOV que é mostrar novas fontes de renda para as comunidades rurais. Também serão apresentadas informações aos participantes a importância do Parque Nacional São Joaquim e do Parque Estadual da Serra Furada que estão em território orleanense.
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