Moradores da comunidade foram pegos de surpresa nesta semana com a cor do rio
Moradores da comunidade de Rio Manin na região de Siderópolis foram pegos de surpresa nesta semana, com a coloração amarronzada do rio. Conhecido por suas águas cristalinas, que atraem turistas de toda a região, principalmente no verão, o rio que corta os municípios de Siderópolis e Treviso tem sido motivo de preocupação para a comunidade, em especial para a família Portão, proprietária de um terreno por onde passa o curso d’ água.
“Meu tio passou por lá na última sexta-feira e voltou indignado, tanto que nos mandou as fotos em que é possível ver a água com aparência de suja. Eu cresci tomando banho naquele rio, nossos amigos e praticamente toda a população de Siderópolis. Quero que meus filhos ainda tenham o direito de aproveitar tudo que aquele rio oferece”, comentou uma das moradoras da região, Graziela Wernke Pedro.
Segundo ela, os moradores comentam que o motivo da água turva, são as máquinas da Prefeitura de Siderópolis, realizando a extração de pedras do fundo do rio. No último final de semana, Graziela publicou fotos em sua rede social, onde no texto pede respostas. A publicação chamou a atenção e desde a sexta-feira, 16, já teve quase 200 compartilhamentos.
“Por favor, alguma autoridade de Siderópolis pode explicar o que esta acontecendo com as águas do Rio Manin? Uma água que era pura e cristalina se encontra nessa situação”.
Após a postagem, o prefeito Hélio Cesa, o Alemão, entrou em contato com Graziela, e garantiu que iria verificar a situação. “Retiraram as máquinas e com a chuva o rio já está mais limpo. Mas ainda queremos saber o que aconteceu”, questiona Graziela.
Extração com licença ambiental
Procurado pela reportagem do Portal Litoral Sul, por telefone, o prefeito Hélio Cesa garantiu que todo o processo de extração é realizado de acordo com as licenças ambientais, e explicou que a coloração escura é consequência natural do trabalho realizado. “Depois de trituradas, as pedras serão utilizadas para pavimentação de ruas”, informou.
A presidente e engenheira ambiental da Fundação de Meio Ambiente de Siderópolis (Famsid), Franciele Candido de Oliveira, vistoriou a área e constatou que a água no ponto de extração ao qual a prefeitura realiza, está limpa. “No momento da extração é característico que a água apresente turbidez devido à movimentação que a máquina faz para extrair os seixos deixando os sólidos suspensos na água”, explicou Franciele e ainda informou que a extração é realizada de quatro a cinco dias a cada mês.