A vida não está nada fácil para quem tem um negócio no mundo do comércio. A crise vive altos e baixos e está cada vez mais prejudicando os negócios.
O empreendedor precisa desenvolver uma estratégia de negociação de produtos e serviços se quiser sobreviver. Nessa hora, vale a pena se inspirar no que outros comércios bem-sucedidos já fazem: usar técnicas para fazer seus consumidores gastarem mais.
Antes de qualquer coisa, é preciso saber quem é seu público alvo – você só terá um bom negócio e conseguirá gerar facilidade ao seu cliente se conhecer os hábitos dele, e assim, ficará mais fácil visualizar quais técnicas farão mais sentido no seu ramo de atuação.
AFINAL, COMO A ARQUITETURA COMERCIAL PODE AJUDAR A DESENVOLVER O SEU NEGÓCIO?
Levantamos alguns pontos que a arquitetura pode contribuir para potencializar o consumo da sua loja ou do seu empreendimento.
SEJA OBJETIVO! O layout da sua loja precisa promover uma circulação clara, precisa induzir, confortavelmente, seu cliente a percorrer o percurso de entrada, localização de cada categoria de produtos, caixa e saída.
SEJA CONVIDATIVO! Crie uma ambientação de compras e use a entrada do seu negócio para desacelerar o seu consumidor – faça com que ele deixe todos os estímulos externos do lado de fora e foque apenas em seus produtos. Faça com que o primeiro metro do seu negócio atraia e não espante o seu cliente. Você já deve ter visto alguma loja tão abarrotada de produtos que, já na porta do estabelecimento, a claustrofobia toma conta com tantas prateleiras e araras. Não é isso que queremos, não é mesmo?
ESTIMULE OS SENTIDOS! Não pense apenas em como vender produtos, mas sim em como proporcionar uma experiência de consumo. Crie uma ambientação que faça o seu cliente querer entrar e interagir com seu espaço. Um exemplo prático e objetivo: se o seu negócio está voltado ao público infantil, invista em uma fachada criativa e que chame atenção. Possibilite que o seu público alvo – que além dos pais, são as crianças, possam interagir com os seus produtos e o espaço que em que estão inseridos.
INVISTA EM ILUMINAÇÃO! Não deixe seu espaço monótono com uma iluminação homogênea, crie destaques! Valorize seus produtos! A iluminação pode demonstrar a qualificação certa do seu produto! Em vitrines, por exemplo: não deixe que seu consumidor passe direto por produtos distintos pela falta de destaque.
NÃO ENTREGUE O OURO DE PRIMEIRA! Afaste os seus produtos mais interessantes da entrada, mas deixe-os visíveis! Faça com que seu consumidor percorra o máximo possível em seu espaço, despertando assim o desejo de consumir mais e não apenas pegue o que tiver no início e vá embora.
INCENTIVE A COMPLEMENTARIDADE! Deixe produtos que se relacionam próximos. Em uma loja de departamentos, por exemplo, você põe meias próximas dos sapatos. No supermercado, você põe uma cerveja em oferta e salgadinhos ao lado. Ou deixa produtos atraentes e úteis na fila do caixa, para ativar necessidades enquanto o cliente espera para ser atendido.
VAMOS USAR DOIS EXEMPLOS BEM EXPLÍCITOS DA ARQUITETURA COMERCIAL PARA VALORIZAR A MARCA E O PRODUTO COM DUAS GRANDES MARCAS.
LOUIS VUITTON
A grande marca Louis Vuitton, escolheu Nova York para abrir sua nova loja inovadora. O objetivo é de ser um espaço para abrigar a nova coleção da marca e impulsionar a presença da mesma no bairro do Lower East Side, que se tornou popular entre as lojas do ramo.
O objetivo foi alcançado com sucesso! A marca conseguiu chamar atenção através da sua arquitetura e seu interior monocromático, e conseguiu destacar seus produtos – já que estes eram itens que fugiam da monocromia bem contrastante do espaço.
APPLE
Tanto em seus produtos quanto em seus espaços de venda a intenção é de transparecer clareza e simplicidade. A arquitetura de suas lojas faz alusão aos produtos: grandes painéis de vidro, bordas e cantos arredondados e acabamentos simples e limpos. O interior segue a mesma linha: mobiliários de linguagem simples e limpa permite que os grandes protagonistas sejam os produtos da marca.
O cliente quer ser surpreendido, quer além de comprar, experienciar algo novo, que o faça gostar do espaço e que o faça voltar a comprar na loja, não só pelo produto, mas também pela experiência vivida.
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Colunista Luiz Felipe Bez Birolo
Designer de Interiores, Arquiteto e Urbanista CAU A156219-4
Sócio proprietário do escritório J+2B ARQUITETOS
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