A Delegacia Seccional de Presidente Prudente em parceria com os Operacionais GTTO, lançou a cartilha “Golpe? Tô Fora”, com os principais golpes de estelionato praticados hoje em dia, com informações importantes e a melhor forma de se proteger deles.
Golpe do Bilhete
O golpe do “Bilhete”, funciona da seguinte maneira: o bandido aborda a vítima com uma desculpa que está procurando uma loja ou casa lotérica. Surge um outro bandido na conversa e diz que possui um bilhete premiado e que não pode receber todo o prêmio, precisa de duas testemunhas. Para funcionar como testemunha, o bandido exige da vítima uma quantia em dinheiro para demonstrar a boa fé.
A vítima, acreditado que um dos bandidos que aparenta ser testemunha deu dinheiro, vai até o banco e saca o dinheiro também. O bandido diz que precisa ir ao banheiro e desaparece, ou leva a vítima até sua residência, para pegar documentos, quando a vítima entra em casa, o bandido vai embora com o dinheiro.
Atenção: O bandido está bem vestido, em um carro bom e conversa bem.
Orientação: Fale que não está interessado e saia de perto. Se encontrar uma viatura polícia, explique o ocorrido.
Golpe do Falso Sequestro
Nesse golpe o bandido liga de maneira aleatório para vários números. Geralmente o bandido está preso e possui tempo de sobra para efetuar as ligações. A vítima atende e o bandido frita no fundo, como se fosse uma pessoa “sequestrada”.
A vítima desesperada fala o nome de um filho e era tudo que o bandido precisava para você acreditar que o sequestro é verdadeiro, porque agora ele tem um nome familiar. A vítima, no desespero, não percebe que foi ela mesma quem forneceu o nome do filho e que não sequestro algum.
Orientação: Desligue o telefone. Caso lhe traga mais segurança escreva em um papel o que está acontecendo e leve até um familiar, vizinho, padaria, posto de gasolina, e peça para que liguem para o falso sequestrado, para saber se está tudo bem, pois assim a vítima irá se sentir em paz e tranquila.
Golpe do Falso Boleto
Por meio de algumas pesquisas que fazemos em sites que entramos, alguns bandidos virtuais conseguem saber nossos interesses e assim nos enviam boletos falsos por e-mail, boleto de igreja, boleto de Aparecida do Norte, boleto do Divino Pai Eterno, boleto de plano da internet, e etc. Acreditamos que estamos pagando um boleto verdadeiro, mas no código de barras constam informações que direcionam o valor para a conta e o banco dos bandidos. Orientação: Caso chegue um boleto que você não está esperando, leve-o até o banco e converse com seu Gerente. No momento de pagar o boleto confira se o banco que aparece na tela de pagamento é o mesmo que está no boleto, confira o valor, data de vencimento, beneficiado e demais dados.
Golpe da Troca de Cartão
O bandido observa a vítima na agência bancária, quando ela sai, ele a aborda e explica que deu um erro na transação e pede para ver o cartão da vítima. Geralmente o bandido está bem vestido, de cabelo cortado, com camiseta com símbolo do banco ou crachá.
Quando a vítima entrega o cartão, rapidamente ele troca o cartão, diz que não tem problema algum e vai embora. Quando a vítima perceber que o cartão que está com ela pertence a outra pessoa, vai até o banco ou consulta no aplicativo do celular e percebe que os valores foram sacados e transferidos.
Orientação: Nunca entregar o cartão bancário para terceiros, ou seja, estranhos.
Golpe do Whatsapp Clonado
Um dos golpes mais conhecidos e aplicados atualmente é o do Whatsapp Clonado, nele os bandidos tem diversos meios de conseguir o número da vítima, mas tem-se observado que a maioria das vítimas tinham acabado de efetuar anúncio em plataformas como WebMotors e OLX. As vítimas recebem um torpedo de SMS no qual consta um código de 6 dígitos.
Um bandido se passa por funcionário da WebMotors, OLX, Mercado Livre e demais aplicativos de vendas e solicita este código para ativar o anúncio; quando na verdade este código é uma verificação do WhatsApp, ou seja, o bandido digitou o número de celular da vítima no WhatsApp dele.
Sendo assim, o código de verificação para habilitar o WhatsApp foi para o celular da vítima, por isso o bandido se aproveita deste engodo, de que necessita do código para habilitar o anúncio, induzindo a vítima a fornecê-lo.
Assim que o bandido digitar os seis números que a vítima forneceu, ele desvia o WhatsApp da vítima para o WhatsApp dele, e a vítima perde o acesso ao aplicativo. Com tal feito, o bandido conversa com os amigos da vítima por WhatsApp, explica que está sem dinheiro, com a conta bancária travada ou cartão de crédito bloqueado e solicita dinheiro emprestado, se comprometendo a pagar o quanto antes.
Os amigos da vítima acabam por transferir dinheiro para a conta bancária de laranjas/bandidos, que logo sacam ou transferem todo o dinheiro, acabando assim, por se tornarem vítimas também.
Orientações:
(1) habilitar a “confirmação em duas etapas” – no WhatsApp clicar em “Configurações / Ajustes”, depois clicar em “Conta” e depois em “confirmação em duas etapas”; habilitar senha de 06 dígitos numéricos.
(2) Jamais enviar para qualquer pessoa o código de 6 números que chegar por torpedo SMS.
(3) Caso já tenha enviado o código e caído no golpe, enviar e-mail para support@whatsapp.com pedindo a desativação temporária de sua conta do WhatsApp, explicando o que ocorreu, bem como o seu número de WhatsApp (exemplo: +55-18-99XXX-XXXX);
Posteriormente, após receber o e-mail do WhatsApp no prazo de 30 dias, configure-o com o seu número de celular.
Confira mais tipos de golpes divulgados na cartilha:
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TEXTO E FOTO CAPA: JATENE MACEDO – JORNALISMO SATC