A Câmara de Vereadores de Siderópolis acionou o Ministério Público para apurar possíveis irregularidades nas contas da Casa. A assessoria jurídica do Legislativo, vereadores e funcionários, ainda abalados com o ocorrido, não mede esforços para que tudo seja esclarecido e avaliado nos rigores da Lei.
Ao ser surpreendido com o aviso de bloqueio de recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) pela Prefeitura de Siderópolis, que se deu pelo não depósito de encargos sociais na folha de pagamento (INSS e FGTS) dos vereadores e funcionários da Casa, o parlamento passou a investigar a origem do problema. As informações colhidas apontaram fortes indícios de fraude nas contas do Legislativo. Diante dos fatos a Câmara fez um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil, pediu para que o Ministério Público investigue o caso e paralelamente abriu sindicância interna e ainda levará o caso a uma Comissão Processante, além da realização de uma auditoria externa.
Com a realização de buscas internas verificaram-se diversas inconsistências (não pagamento das guias da previdência social, não recolhimento do FGTS, entre outras). No entanto, ao serem analisados os extratos bancários da Câmara, para total indignação e surpresa de todos, foram identificadas diversas TEVs (Transferência Eletrônica de Valores) e pagamentos de boletos, tendo como beneficiárias pessoas totalmente estranhas ao legislativo municipal.
“Nós jamais compactuaremos com qualquer conduta que não esteja de acordo com os princípios básicos dos deveres civis e públicos. Não estamos fazendo isso apenas por ser tratar do erário, mas por que mexe com a honestidade de cada um de nós aqui a qual é inegociável. Nós vamos trabalhar arduamente para que tudo seja esclarecido e colocado em seu devido lugar”, afirma o presidente da Câmara de Siderópolis, Roni Remor (PSDB), o Lilo. “Estamos desapontados e surpresos porque jamais poderíamos imaginar que algo deste tipo pudesse ocorrer”, destacou.
O envolvido ou envolvidos serão afastados por no mínimo 60 dias, enquanto a Comissão Processante e sindicância interna estudam a suposta fraude. “Reforçamos também que estamos todos à disposição das autoridades e esferas da Justiça para quaisquer esclarecimentos e informações para o andamento das investigações. É inadmissível este tipo de conduta em qualquer ambiente sobretudo quando há dinheiro público envolvido”, reforça Lilo.