Escola poderá passar pelo processo de reordenamento escolar. Caso ocorra, alunos serão transferidos para outras escolas.
A comunidade do bairro Rio Fiorita esteve reunida na noite desta terça-feira, 18, na Escola Estadual Tullo Cavallazzi, para discutir o futuro da instituição. O espaço que atende aproximadamente 180 alunos poderá passar pelo processo de reordenamento da rede estadual de ensino. A situação está causando preocupação e descontentamento em muitos professores, pais e alunos.
De acordo com a diretora da escola, Marilúcia Aparecida da Silva, a Gerência Estadual de Educação (Gered) iniciou o processo de Reordenamento Escolar no Tullo Cavallazzi em outubro de 2016. Caso ocorra, os estudantes serão transferidos para outra instituição. “Precisamos deixar claro que não estamos contra outras escolas, mas não queremos deixar esse espaço. Esse prédio passará a fazer parte da prefeitura. Se o prédio vai ficar sem alunos e professores então ele vai fechar. É muito triste isso”, afirma.
O encontro contou com a presença de autoridades municipais. O presidente da câmara de vereadores, Angêlo Franqui Salvaro, destacou a importância do encontro e afirmou apoiar todas as instituições de ensino. “Os vereadores vão lutar para escolas ficarem abertas, não vamos levantar bandeiras. Nós sabemos que geograficamente seria impossível fechar esse espaço e se ocorrer que seja analisado todos os pontos”, comenta.
Escola da comunidade
Desde 1976, a aposentada Marli Venturini conhece o caminho para escola Tullo Cavallazzi e ao concluir os estudos na instituição sonhava em voltar. “Fui aluna da primeira turma do antigo ginásio. Trabalhei aqui por seis anos com muitas professoras que ainda dão aula. Não podemos deixar esse espaço fechar, assim como eu, muitas pessoas da comunidade passaram por aqui”, conta.
A ex-aluna, Bruna Constantino, afirma que vai lutar com a comunidade contra o fechamento de qualquer instituição. “O governo não oferece as condições necessárias para os pais ficarem tranquilos. Vamos lutar pelo direito dos estudantes de ficarem próximos de suas casas. A escola é da comunidade e não do governo”, pontua.