Segurança

Abaixo assinado pede a liberação de preso por tráfico de drogas em Siderópolis

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Alguns moradores de Siderópolis têm se mobilizado desde o último mês, iniciando um abaixo assinado que pede a liberação de um empresário da cidade, preso no último dia 14 de março durante uma operação da Polícia Civil.

O suspeito já foi indiciado pela prática de tráfico de drogas e teve a detenção, até então temporária, convertida em provisória pelo Poder Judiciário.

O documento pede que o indivíduo seja colocado em liberdade, “caso o único requisito existente para a fundamentação da sua prisão preventiva seja tão somente a garantia da ordem pública, frente ao clamor da população por justiça”.

Diz ainda que, considerando que o homem em questão é amplamente conhecido em Siderópolis, de família íntegra e conhecida na região, e que “nunca houve qualquer desafeto ou situação que leve a população a requerer sua prisão, não há razões para crer que este deve estar preso antes mesmo da colheita de provas na instrução processual”.

No entanto, o responsável pela Delegacia de Polícia Civil de Siderópolis, agente Frank Willy Vieira, ressalta que, no dia da operação em que o suspeito foi preso, os policiais encontraram drogas, inclusive fracionadas para comercialização, e cocaína pura.

“Tanto que ele já foi indiciado. As investigações duraram três meses e meio e há provas mais que suficientes do crime, então acredito que ele ser posto em liberdade até o julgamento vá gerar uma sensação de impunidade no município. Além disso, o tráfico de drogas por si só já abala a ordem e saúde pública, então se esse pedido for deferido, poderá ter efeito até mesmo em outros processos penais e abrir uma brecha na lei para que todo traficante permaneça solto”, completa.

O fato de em torno de 40 pessoas já terem assinado o documento, conforme Vieira, causou espanto na Polícia Civil. “Nossa investigação partiu de denúncias de que ele já traficaria há um certo tempo, por isso realizamos buscas e encontramos as provas de que o crime era cometido, inclusive em meio à classe média alta, com venda de uma cocaína pura e bem mais cara. Até então ele permanecia em uma prisão temporária, por 30 dias, para podermos coletar mais provas sem termos a investigação prejudicada. No entanto, quando concluímos o inquérito e a conversão em detenção preventiva foi deferida pela Justiça, essa mobilização se fortaleceu”, conta.

A principal reivindicação do abaixo assinado é pela soltura do suspeito até que o julgamento seja finalizado.

COLABORAÇÃO: SUL IN FOCO