O varejo catarinense está na expectativa para o primeiro Natal no azul depois de dois anos de recessão econômica. O início da retomada do emprego, os juros menores, que aumentam o acesso ao crédito, e a queda na inflação devem refletir no volume de vendas em Santa Catarina.
Conforme a pesquisa de intenção de compras para o Natal, realizada pela Fecomércio SC em sete cidades, o gasto médio com presentes será de R$ 459,78, avanço de 3% em relação ao ano passado. Enquanto Florianópolis prevê o maior gasto no Estado (R$ 564,11), Joinville deve desembolsar o menor (R$278,93) pelo segundo ano consecutivo.
A maioria dos consumidores (37,4%) declarou que está em situação financeira melhor, seguido por aqueles que consideram igual (34,1%) ou pior (28,3%). Este resultado reverteu a tendência dos dois últimos anos, no qual a resposta negativa foi preponderante.
“Desde o início deste ano, vários indicadores já mostram resultados positivos no Estado. Apesar de a previsão de crescimento nas vendas ainda ser tímido, os dados confirmam que estamos recuperando boa parte do que perdemos durante a crise. Um bom termômetro é que a movimentação está intensa nas lojas desde o início de dezembro, antes mesmo do horário especial do comércio”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Com mais poder de compra e o 13º na mão, a compra à vista deve ser a forma de pagamento mais utilizada na data (83,1%), dividido entre aqueles que vão pagar em dinheiro (69,6%), cartão de débito (7,7%) e crédito à vista (5,8%). O comportamento muda de acordo com as particularidades de cada economia: em Joinville, 85,3% pretende comprar no dinheiro, já na Capital que costuma utilizar mais cartão o índice é de 51,4%.
Uma das principais estratégias para garantir o melhor custo-benefício será a pesquisa de preço: 82,6% dos consumidores pretendem bater perna antes de escolher o presente. Assim como nos anos anteriores, o comércio de rua (68,5%) será o principal destino de compras, à frente dos shoppings (20,8%). Os setores mais procurados devem ser o de vestuário (47,2%), brinquedos (23,6%), calçados (6,9%) e eletrônicos (4,5%).