Em fevereiro de 2011, há quase sete anos, o caos e a revolta dominavam entre os usuários daquele trecho da SC-445. Em abril de 2017, renascia a sutil esperança de asfalto, evaporada três meses depois com o anúncio de um chão batido melhorado. Mas no começo de agosto, a expectativa por mudanças continuava. Perto do fim do mesmo mês, o percurso da rodovia estadual de terra entre Siderópolis e Urussanga continuava terrível.
O roteiro acima resume o abandono da estrada que liga dos dois municípios, uma das mais antigas rodovias da região, estadualizada há muitos anos e sem qualquer perspectiva de ganhar asfalto. “Está cada vez pior. Outro dia, um cidadão tentando melhorar removeu uns pedregulhos pontiagudos, acabou piorando, virou um lamaçal no trecho”, lamenta o vereador Franqui Salvaro (PSB), de Siderópolis, que acompanha o problema de perto.
Em julho havia sido celebrado um acordo entre a Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) e as prefeituras das duas cidades no sentido de melhorar a estrada. “Os prefeitos se comprometeram em repassar material para patrolar à estrada, e nós entraríamos com máquinas e homens”, lembra o secretário regional João Fabris. “Mas Siderópolis não nos repassou material, Urussanga até deu um pouco, insuficiente para fazer todo o trecho deles, então a estrada segue lá, quase do mesmo jeito”, confirma o secretário.
Enquanto isso, ir de Siderópolis a Urussanga, ou vice-versa, pela SC-445, segue sendo um desafio entre buracos, poeira e pedras.