Com o Dia Mundial da Água, empresa reforça preocupação em reaproveitar e utilizar o líquido com consciência
Esta segunda-feira, 22 de março, reacende o debate sobre a preservação do líquido mais importante na existência do planeta. Dia Mundial da Água, a data faz com que muitos relembrem a necessidade de ações que visem o uso mais consciente do recurso natural. Exemplo de empresa que se preocupa com a realidade em que vive o ser humano, há anos a Fumacense Alimentos já conta com políticas de reaproveitamento e, atualmente, tem novos projetos em andamento para aumentar ainda mais a reutilização da água.
No complexo de Morro da Fumaça (SC), a indústria precisa da água no processo de parboilização da marca Kiarroz e, com a RisoVita, na produção de bebidas vegetais líquidas à base do cereal.
Para tanto, conforme o gerente industrial Ewerson Santos Ribeiro, a Fumacense Alimentos utiliza duas fontes de captação: fluvial e subterrânea. “Todas são tratadas após a captação e continuamente monitoradas. A primeira é utilizada para o encharcamento do arroz e geração de vapor; e a segunda, para fabricação de bebida e consumo humano”, elenca.
E justamente neste ponto, está uma das principais iniciativas da empresa, uma vez que boa parte do pátio da unidade de Morro da Fumaça é destinada a um lago, que reserva uma grande quantidade do recurso natural e onde é feita a captação fluvial. Essa lagoa é alimentada por um riacho próximo e pela chuva, além da água utilizada no processo produtivo, que entra no ciclo de reaproveitamento.
“Ou seja, a água que consumimos é muito menor do que as fontes de alimentação do lago, fazendo com que haja uma renovação contínua. Tanto que temos vários peixes nessa lagoa, que é uma das formas pelas quais também monitoramos a qualidade da água, além, é claro, das contínuas análises laboratoriais realizadas”, completa o gerente industrial.
Os processos de reaproveitamento
A Fumacense Alimentos tem desenvolvido fortes ações para reduzir seu consumo interno de água, principalmente por meio do reaproveitamento. Algumas já foram realizadas, outras estão em processo de implantação e um projeto vem sendo desenvolvido para possibilitar novos avanços em um futuro breve.
O reaproveitamento já é percebido, por exemplo, na água que alimenta a geração de vapor e rotação da turbina para geração de energia, produzida pela usina termelétrica própria da empresa, que utiliza cascas de arroz como matéria-prima.
“Esse vapor, uma vez produzido e utilizado, gera condensação, cuja água novamente em estado líquido alimenta o tanque da caldeira. Com isso, parte da água da geração de vapor trabalha em circuito fechado. Já o excedente é resfriado e devolvido ao meio ambiente em forma de vapor d’água ou água líquida para o nosso próprio lago”, explica Ribeiro.
Além disso, toda a linha de vapor da fábrica está sendo restruturada, para gerar o reaproveitamento, também, do líquido condensado proveniente do vapor que alimenta as autoclaves. Este, por sua vez, passará a ser destinado ao aquecimento da água utilizada no encharcamento do arroz.
A estimativa é que a implantação seja concluída até o fim deste semestre, também proporcionando uma melhoria de desempenho energético, em função do aproveitamento do calor gerado.
Na RisoVita
Em outro cenário, foi possível reduzir em 40% a captação subterrânea, por meio de melhorias realizadas na fábrica da RisoVita. É que, ao passar pela estação de filtragem, apenas 60% da água destinada à produção de bebida vegetal era aproveitada. O restante era devolvido ao meio ambiente, segundo o gerente industrial, após passar pela Estação de Tratamento de Efluentes.
“No fim de 2020, realizaram-se investimentos que passaram a permitir o aproveitamento desses 40% de sobra na geração de vapor, gerando uma redução do consumo de águas subterrâneas na mesma proporção. Além disso, o sistema de refrigeração da RisoVita foi desenvolvido para trabalhar em formato de circuito fechado, ou seja, só há reposição nas perdas por evaporação, em um volume muito baixo, praticamente não gerando consumo de água”, complementa.
Para o futuro
Com relação a avanços futuros, um projeto que visa aproveitar a água utilizada no encharcamento do arroz tem sido desenvolvido em parceria com uma empresa de São Paulo.
“Atualmente, após o processo de encharcamento, essa água segue para a nossa Estação de Tratamento de Efluentes e é devolvida ao meio ambiente, dentro dos padrões de qualidade exigidos pelos órgãos ambientais. No entanto, nossa ideia é reaproveitar também esse recurso, de modo a diminuirmos o consumo proporcional e, consequentemente, contribuirmos com o meio ambiente. Os testes iniciais têm sido muito promissores e estamos confiantes de que, em breve, teremos uma solução economicamente viável e ambientalmente sustentável, que possibilitará ainda mais redução no consumo de água”, ressalta Ribeiro.
Monitoramento rigoroso
Toda a água utilizada no processo produtivo da Fumacense passa por um monitoramento rigoroso. De acordo com o gerente industrial, a água coletada na lagoa, por exemplo, apesar de já possuir uma boa qualidade, ainda passa pelos processos de correção de pH, coagulação, floculação, decantação e filtragem.
“Na sequência, a que alimenta a caldeira passa por um processo adicional de abrandamento, que é destinado à redução de dureza da água, ou seja, retirada de elementos químicos que possam provocar incrustações nas tubulações, principalmente, nas de vapor”, acrescenta.
E as subterrâneas, mesmo possuindo excelente qualidade, também passam por processos de filtração. “Neste caso, por ser a principal matéria-prima para a produção da bebida vegetal líquida, a água que abastece a RisoVita possui processos ainda mais rigorosos, na qual passa por uma estação de filtragem composta de filtros plissados, cartucho e osmose reversa”, finaliza o gerente Industrial.
Sobre a Fumacense Alimentos
Referência nacional na produção de arroz e produtos feitos à base desse cereal, a Fumacense Alimentos possui as marcas Kiarroz, RisoVita e Kifeijão, além da Campeiro, Vilarroz e da linha Boby, a última voltada para alimentação de animais. Fundada em 1970, sua matriz está localizada em Morro da Fumaça, no Sul catarinense. A empresa possui, ainda, outras duas plantas produtivas, uma em Alegrete/RS e outra em Pombos/PE.
Juntamente com a JS Empreendimentos, Criciúma Shopping e Mark At Place, a Fumacense Alimentos faz parte do grupo econômico EZOS, lançado em outubro de 2020 com um sistema de gestão inovador, por conta da criação do primeiro Centro de Serviços Compartilhados do Sul catarinense.