A pandemia do novo coronavírus acabou afetando não só a saúde de milhões de pessoas, mas também prejudicou o comércio local. No início com todas as lojas fechadas a situação complicou e comerciantes viram seus negócios irem à falência. Lojas fechadas, funcionários demitidos e o ganho era quase zero.
Para driblar toda essa crise econômica, logo após a reabertura, os comerciantes viram a necessidade de expandir novos horizontes, bolar novas estratégias e principalmente buscar, mais do que nunca, a união.
“Houve uma necessidade ainda maior de união entre os comerciantes, objetivando reduzir os danos causados pela pandemia. As campanhas de apoio ao comércio local, de micro e médias empresas, foram ainda mais enfatizadas”, disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Siderópolis (CDL), Daniel Paulo Gamba.
Ações
Para vender mais e correr atrás do tempo que as lojas tiveram que ficar fechadas, o comércio se uniu e agora busca realizar ações em conjunto, principalmente em datas comemorativas, como o Dia das Mães e o Dia dos Pais.
“Nessas duas datas, em especial, realizamos um sorteio com vários prêmios, assim como promoções em todos os setores comerciais associados. Atualmente a CDL de Siderópolis está realizando a ‘Semana do Cliente’, uma semana inteiramente dedicada ao cliente, com preços e prazos diferenciados”, comenta Gamba.
O presidente ainda conta que o objetivo agora é manter e promover ainda mais essa união entre o comércio, buscando realizar ações que envolvam atrativos aos clientes, como os sorteios e promoções especiais. “O apoio ao comércio local também é de extrema importância, gerando estímulo para o pequeno e médio empreendedor e garantindo maior facilidade de acesso e variabilidade aos clientes”, conclui.
Setores
Alguns setores sofrem mais que outros, um exemplo são as lojas de roupas e calçados, que tiveram a procura reduzida. Já o comércio de material de construção, rede de supermercados, móveis e eletrodomésticos houve aumento nas vendas.
“A pandemia está sendo bem difícil. O comerciante precisa olhar para o seu negócio e ver o que está realmente acontecendo, o que ele pode continuar fazendo e o que precisa mudar. As lojas de artigos de festa, por exemplo, passam por momentos desafiadores”, aponta a presidente da CDL de Criciúma, Andrea Gazola Salvalaggio.
Mesmo com ações, sorteios e união do comércio, a economia ainda não voltou ao normal, comerciantes ainda estão vendendo na sua média, porém abaixo em relação ao ano passado. Alguns setores estão com o faturamento maior e outros procurando se virar como podem.
“Sempre que surge um problema, nossos comerciantes se unem, principalmente as entidades. Todos entendem que um precisa do outro e com isso acabam divulgando a própria marca e também procuram por veículos de comunicação”, ressalta a presidente.
Coronavírus
O comércio de Criciúma realizou uma campanha em conjunto com os meios de comunicação para pedir as pessoas mais consciência, usar máscara e álcool em gel e informar que os maiores infectados não estão no comércio, mas sim em reuniões familiares. “A gente tem visto acontecer um relaxamento. As pessoas estão acreditando que tudo já passou, e nós, como entidades, estamos com medo. Daqui a pouco podem aumentar os números e o comércio fechar novamente”, destaca Andrea.
A CDL de Criciúma preparou um relatório de ações chamado “100 dias de ações – Covid-19”, confira: https://drive.google.com/file/d/1lbZaEn2eqb3eYDceirmHyHwmAj1UrSI9/view