Atenção: Esse texto foi retirado do livro “Siderópolis uma cidade boa para se viver”
A Gruta Nossa Senhora Rainha do Universo foi construída em 13 de dezembro de 1970, com empenho direto do senhor Hercílio Lima, o qual convidou seus amigos marianos Ramos Silveira, Miguel Machado, entre outros devotos de Maria, para auxiliarem na construção e busca de recursos.
Conforme registros na paróquia, o terreno foi doado pelo senhor Dilto Olivo e sua esposa Josephina Carminatti Olivo oficialmente no dia 29 de agosto de 1997, mas já havia sido feita a doação de 2.915 metros quadrados do terreno para a grita ser construída, na década de 60.
A imagem da gruta foi comprada em São Paulo, com o dinheiro dos fiéis de uma diretoria formada, sendo trazida de lá pelo senhor Sebastião Freitas. No final dos anos 60, os marianos começaram a arrumar o terreno doado, que fica no final da Rua Gastão Bica de Oliveira.
Conta a senhora Anita que seus pais Rosa Garlini e Avelino Zuchinalli sempre foram responsáveis pela limpeza e organização da gruta e que, na falta deles, ela continua fazendo essa atividade voluntária de limpeza, duas vezes por semana, há mais de 40 anos.
A gruta sempre foi lugar para piquenique em família e de escolas. Nela já foram realizados alguns casamentos e sua festa acontece próxima a data de 15 de agosto, que é a data de Assunção de Maria, conforme tradição da igreja católica.
O senhor Divino Longo foi o presidente da diretoria por seis anos e disse que construíram no ano de 2000 uma área coberta com colunas em frente à gruta e um barracão coberto para festas da gruta e aluguel para outros eventos e reuniões. Uma vez por semana o barracão é aberto para um Clube de Mães que funciona naquela comunidade.
Conforme informação da esposa de Hercílio, a senhora Lúcia Lima, nos primeiros anos a gruta tinha o nome de Nossa Senhora de Todos os Povos, mas o bispo Dom Anselmo Pietrulha, da Diocese de Tubarão, na época, disse que essa denominação não existia na igreja, então trocaram o nome para Nossa Senhora Rainha do Universo.
A imagem faz parte das histórias das aparições de Maria em Amsterdã, que com grande misticismo formam histórias bonitas. Conforme pesquisa, Nossa Senhora de Todos os Povos (ou Todas as Nações) apareceu a uma holandesa, Ida Peelerman, 56 vezes, entre 1945 e 1959 e se apresentou um dia desta forma: “Eu sou a Senhora, Maria, Mãe de Todos os Povos”.
A imagem aparece da seguinte maneira: Maria está em pé sobre o globo terrestre, com um vestido branco, solto e escorrido, com os pés descalços; tem uma faixa dourada na cintura e um pequeno véu na cabeça. Cabelos pretos e longos e os braços estendidos para baixo, em diagonal, sendo que de casa mão saem três raios, os quais representam: a graça, a salvação e a paz. A suas costas, por detrás, surge uma grande cruz, na qual, em volta, há uma luz dourada e, junto ao globo terrestre, há um extenso rebanho de ovelhas.
A imagem de Nossa Senhora Rainha do Universo tem as mesmas vestes e a mesma posição das mãos de Nossa Senhora de Todos os Povos, está descalça em cima do globo terrestre e, para diferenciá-la, numa aparição tinha uma corona na cabeça.
A história das imagens é parecida e a denominação Nação, Povos e Universo tem o mesmo significado para os devotos de Maria, que acreditam no dogma da Igreja Católica que Maria foi elevada de corpo e alma à glória do Céu e exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo.
Créditos texto:
Autores: Dilma Cesa Warmling, Celita Sachet Cesa, Celso Vendrame, Irene Cancellier, Kátia Dagostin Donadel, Kelly Dalla Lana, Rosilda Rodrigues Moroso, Rossana Carla Bottini Zelma Donadel.